Alunos do curso Técnico em Mineração e do curso de Engenharia de Minas participaram da atividade, que que busca aliar teoria e prática
Um grupo de estudantes dos cursos Técnico em Mineração e Engenharia de Minas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, Campus Brumado, localizado no sudoeste baiano, realizou no dia 18 de novembro um trabalho de campo interdisciplinar no Garimpo das Carnaíbas. O grupo, formado por 19 estudantes e 04 professores, sendo estes 02 engenheiros de minas, 01 geofísico e 01 geólogo, saiu de Brumado no dia 16, mas antes de chegar à Serra de Carnaíba esteve em Jaguarari, para conhecer a Mineração Caraíba, que produz cobre.
Durante a visita ao garimpo das Carnaíbas, o grupo foi acompanhado pelo minerador cooperado à Cooperativa Mineral da Bahia – CMB e membro do Conselho Fiscal Teofanes Miranda, além dos técnicos da CMB Uellington Nazário, técnico de segurança, e Marconi Macêdo, Blaster. Os estudantes estiveram na Mineração São Francisco, onde conheceram a estrutura de uma mina, conversaram com quijilas em alguns trechos, com compradores de esmeraldas e visitaram a sede da Cooperativa, onde foram recebidos pelo presidente Humberto Meneses, que apresentou a eles a estrutura organizacional da CMB, a estrutura física do prédio e todos os documentos que dão, à cooperativa, a autorização para explorar legalmente o subsolo da região outorgada pela ANM.
De acordo com a professora Camila Reis, uma das docentes que acompanhava o grupo, o intuito da atividade foi mostrar, na prática, parte dos ensinamentos repassados aos alunos durante as aulas teóricas. “O principal objetivo foi proporcionar aos estudantes uma vivência em loco, ou seja, ver de fato o que é um garimpo, conversar com garimpeiros, negociadores de pedras, com as quijilas e entender questões sociais, econômicas e culturais do garimpo. Essa imersão no garimpo traz essa visibilidade para o estudante, que está se formando; então nosso olhar foi um olhar de aprender e conhecer. Conhecer os equipamentos que são utilizados, ver na prática o uso dos EPIs e qual a relação do garimpo com a comunidade local”, disse.
Questionada sobre a impressão que leva da visita, a professora Camila Reis afirmou que é a melhor possível. “Fomos muito bem recebidos por todos os garimpeiros, que abriram as portas de suas minas. Agradeço ao Teofanes que nos acompanhou o tempo todo, muito atencioso, e quero dizer que a visita à Cooperativa Mineral da Bahia trouxe para nós uma visão mais holística do que é a atividade de garimpo. Vimos que não é só aquele visual, ou seja, aquilo que pode ser visto. Vimos que tem toda uma regulamentação, as relações de organização com o coletivo e isso foi um ganho de conhecimento muito significativo para nós, pois entendemos a história da cooperativa, como e porque ela nasceu, seus projetos em andamento e para o futuro. Agradecemos ao presidente Humberto pela receptividade e explanação. Nos encantou o olhar social e ambiental da cooperativa, pois sabemos que a mineração não é só beneficies e vocês da cooperativa entendem isso, e buscam ajuda para superar esses gargalos. Isso ficou muito evidente para nós. Espero voltar em breve para visitar vocês, enquanto profissional, e quem sabe firmarmos parcerias para desenvolver soluções, ministrar palestras e desenvolver pesquisa e ciência para a universidade”, concluiu.
